Fujo sem destino.Ele não precisa saber que ainda vivoNão precisa mais de mimAssim pensava ela enquanto lutava contra seu cansaço.Fujo...Fujo e não quero voltar.Não sei aonde vou, só não volto para lá.Não agüentariaFugiria novamente.Ela parara e se virara.Ainda dava para vislumbrar o fogo que começara. Sim. Não se arrependia de ter jogado o carro que o marido às vezes usava contra a primeira coisa que vira na estrada. Agora distinguia que era uma árvore. É, fugir devia ser o certo a fazer. Procurou nos bolsos a carta. Sim a carta que mudaria sua vida. Pôs-se a lê-la novamente:Venha...Volte...Volte no tempoNo tempo em que éramos felizesSabíamos que era impossívelMas tentamos...Venha...Ainda há chanceOnde há chances, há esperançaSim, ela tinha esperança de haver uma chance. Afinal ele não havia fugido? E ela. Ela também...Venha...Liberte-se de suas algemasVolte...Volte para mimEu não te esqueciSei que você também nãoVerdade.Ela não se esquecera dele, mas o achava perdido para sempre. Mas ele fugiu. Ela também. Libertaram-se de suas algemas.Não...Não há mais passado(Depois dele)Não há vida antes da fugaAgora é seguir fugindo.Pensou ela. Em pouco tempo estaria de volta à felicidade. Estaria onde sempre quis estar, estaria em seus braços. Não importava que ele ainda estivesse sendo procurado. Ele a esperava. e ela ia ao seu encontro. Sim. Enfim seria feliz...(Fuga - Pensamentos de Narcisa)(Venha, volte - Carta de Sirius)**Não estão na íntegraLiberte-se ...
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NOTA: Agradecendo à Daniele, que se identificou como autora desse trabalho.
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